Meu inferno
é vivido a cada dia
com a alegria de quem
pela primeira vez se corta
e chora pelo sangue que nao volta
e pela dor que dilacera.
Meus momentos não são vividos
são guardados em compotas
esperando a hora de serem
excluídos.
As minhas palavras
não existem. Me fazem sempre
de cicerone,
mas nunca se fazem reais
perante à minha existência.
Sou um elemento distinto do mundo
que se mostra por não mostrar
que sofre,
sem nem sofrer.
Mas, que presencia a vida
passar
e da janela
chora
com a mesma alegria
que me fez cortar-me.
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