sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Primavera quintessente do Inverno não acabado

Dias iguais...
são sempre revoltosos em mim.
E os dias seguem tempestuosos
como ao dia em que a minha graça
se deu ao mundo...
Não houveram mudanças
nem danças de olhos
serpenteios de mãos
e abalos da pele.
Tenho vivido primaveras
infestadas de chuvas
e tormentas
alegrias e tristezas
como a um casamento,
em perfeito desequilíbrio.
Dias iguais...
eu tenho sobrevivido
e abraçado meu silêncio
a minha solidão
e feito travesseiros
com as minhas dores guardadas;
elas são confortantes
a um homem
pelo meio,
como um copo de Vodka,
meio cheio
e meio vazio,
mas com substância desumana
suficiente prá sobreviver.

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