quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SANGUE NAS VEIAS

O MEU SANGUE FERVE
PERDE A COLORAÇÃO AZUL
E SE MOSTRA TÃO PLEBEU
QUANTO O PRÓPRIO SER
QUE O CARREGA,
BASTA UMA PALAVRA DITA
EM DESATINO
UM CAMINHO PERCORRIDO
EM DESENGANO
UM DIA EM CONTATO
COM OS SEUS ENGANOS.
NÃO TENHO MAIS SANGUE NAS VEIAS
TODO O MEU LÍQUIDO VISCOSO
CORRENTE
ESVAIU-SE
NA ENXURRADA QUE DEIXEI
CAIR DOS OLHOS
NAQUELA QUARTA-FEIRA
NAQUELE DESENTENDIMENTO
NA FALTA DE ENTENDIMENTO
ENTRE VIDAS.

2 comentários:

Anônimo disse...

???

Anônimo disse...

Amar é uma arte que aos poucos aprendo.
Tecendo experiências em paralelo,
Na noite quimeras no dia flagelo,
Traduzir-se, de Ferreira Gullar, me lendo.

Nesta parte de mim que é todo mundo,
Entre a multidão te vejo em pensamento,
Eu peso gestos, pondero sentimentos,
Eu deliro conosco bem lá no fundo.

Sei de repente que estou ansiosa.
Pelo espanto de ler tua mensagem,
Crer que teu medo acabe é a vertigem,
Já que não te moves em verso ou prosa.

Traduzir-te no meu mundo, minha parte,
Nessa nossa pausa e reticência sem fim,
Lugar onde me escondo e tu foges de mim.
Faz do viver o dia a dia: outra arte.